A História da pizza paulistana.

A história da pizza paulistana se mistura à história do Brás, bairro da região Leste que se tornou um núcleo importante de imigrantes italianos. À medida em que se adaptavam ao Brasil, as mammas produziam pratos típicos da terra natal, muitas vezes se restringindo à oferta de ingredientes que encontravam por aqui. Não há um registro oficial sobre a primeira pizza feita na cidade, mas estudiosos dão crédito como pioneiro ao pizzaiolo napolitano que era conhecido como Carmenielo.

Por vários anos, no início do século 20, a produção de pizzas ficou restrita ao Brás, que era isolado da região central pela Várzea do Carmo. Somente no fim dos anos 1940, pizzarias começaram a ser inauguradas no Centro. Nos arredores da Avenida Paulista, a primeira foi o Surpreza (com grafia antiga), em um sobrado na Praça Oswaldo Cruz. Depois dela, foram surgindo outras casas nos Jardins, assim como versões brasileiras de sabores para coberturas, que até então seguiam a tradição italiana de variar, apenas, entre muzzarella, aliche ou meio a meio.

Alguns pizzaiolos e donos de cantinas deixaram o nome na história gastronômica da capital paulista. Valentim Ruiz é um deles. Na década de 1920, atraia multidões à panificadora Santa Cruz, no Brás, onde o sistema inovador de venda de fatias no balcão foi lançado e virou tradição na cidade. Há quem o considere o primeiro pizzaiolo do Brasil, com controvérsias. Um de seus discípulos também marcou época, o Babbo Giovanni, espalhando sua experiência por pizzarias que se tornariam clássicas, como a Castelões, Líder, Guarani e Giordano.


Fonte:

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